22 de Abril de 1500 - Descoberta oficial do Brasil.
1532 - Índios escravizados.
1548 - Os negros africanos começaram a ser desembarcados no
Brasil.
1577 – Primeiro Registro do vocábulo "capoeira" na
língua portuguesa: Padre Fernão Cardim (SJ), no obra "Do Clima e da Terra
do Brasil". Conotação: vegetação secundária, roça abandonada.
1640 – Evasão dos escravos africanos para o interior do
Brasil. Organização de dezenas de quilombos. Surgem as expressões: "negros
da capoeira", "negros capoeiras" e "capoeiras".
1655 - Zumbi nasce em Palmares.
20 de Novembro de 1695 - Zumbi foi assassinado e o Quilombo
de Palmares destruído.
1820 - Escravo preso por causa da prática de capoeira tinha
como castigo 300 açoites e prisão de 3(três) meses.
1821 – Decisão governamental de 5 de novembro, determina
providências que deveriam ser tomadas contra os negros capoeiras na cidade do
Rio de Janeiro.
1831 – Descisão de 27 de julho no RJ: manda que a junta
policial proponha medidas para a captura e punição dos capoeiras e malfeitores.
1832 – Postura de 17 de novembro no RJ, proibindo o
"Jogo da Capoeira".
1835 - Revolta dos Males, Bahia.
1845 – Parlamento inglês aprova a Lei Bill Aberdeen,
proibindo o tráfico negreiro.
1864/1870 – Escravos são recrutados para defender o Brasil
na Guerra do Paraguai, com a promessa de serem alforriados em caso de vitória.
O Brasil vence o conflito, graças aos atos de bravura dos capoeiristas e a
capoeira passaria a ser chamada de arte marcial brasileira.
1850 - O Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei
Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro.
28 de setembro de 1871 - Era aprovada a Lei do Ventre Livre
que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data.
1885 - Era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia
liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
13 de Maio de 1888 - A princesa Isabel assina a Lei Áurea
que aboliu a escravatura.
1889 – Proclamação da República. Deportação dos capoeiras
considerados criminosos para o Arquipélago de Fernando de Noronha. Nasce a
proposta da Ginastica Nacional, a partir do reaproveitamento dos movimentos da
Capoeira. Esta forma esportiva foi liberada pela polícia.
5 de Abril de 1889 - Nasce Vicente Ferreira Pastinha (Mestre
Pastinha) no Largo do Pelourinho, em Salvador (Bahia).
11 de outubro de 1890 – (com a Proclamação da República) a
capoeira foi muito perseguida, chegando explicitamente a fazer parte do Código
Penal Brasileiro, através do Decreto n° 487 artigos 402, 403 e 404 que tratava
"Dos, Vadios e Capoeiras".
1895 ou 1900- Nascimento de Besouro Magangá.
23 de Novembro de 1900 - Nasce Manoel dos Reis Machado
(Mestre Bimba) na freguesia de Brotas, bairro de Engenho Novo, Salvador
(Bahia).
1918 - É criada a Luta Regional Baiana (Capoeira Regional)
por Manoel dos Reis Machado - Mestre Bimba.
8 de julho de 1924- Morte de Besouro Magangá.
1928 – Surge no Rio de Janeiro o primeiro Código Desportivo
de Capoeira sobre o nome de "Gymnastica Nacional (Capoeiragem) Methodizada
e Regrada". Este trabalho, de autoria de Annibal Burlamarqui (Zuma),
trouxe uma nomenclatura ilustrada de golpes e contragolpes, área de competição,
regulamento de competição, critérios de formação de árbitros, fundamentos
históricos, uniformes etc.
1930 – Mestre Sinhozinho cria o Club Nacional de Gymnastica,
no Rio de Janeiro, para divulgar a capoeira.
1934 – Mestre Bimba funda o Centro de Cultura Física e Luta
Regional, que começou a funcionar provisoriamente sem alvará.
1936 – Com a implantação do Estado Novo de Getúlio Vargas, a
capoeira sai da ilegalidade através do decreto presidencial que a
"descriminaliza, desde que dançada e lutada com berimbau e atabaque".
1937 – Legalização do Centro de Cultura Física e Luta
Regional, através do Alvará nº 111, da Prefeitura de Salvador. Enfocando seu
trabalho no campo esportivo, obtêm aceitação social, passando a ensinar para as
elites econômicas, políticas, militares e universitárias.
1940 – Decreto 2848. Instituiu o novo Código Penal
Brasileiro, a partir desta data o uso da palavra "capoeira" tem
transitado sem conotações policiais.
1941 – Fundação do Centro Esportivo Capoeira Angola, em
Salvador, tendo a frente o Mestre Vicente Ferreira Pastinha. Decreto 3.199
estabelece as bases da organização dos esportes no Brasil. Com apoio neste ato
foi constituída a Confederação Brasileira de Pugilismo – CBP que já na fundação
instituía o Departamento Nacional de Luta Brasileira, embrião da futura
Confederação Brasileira de Capoeira. A capoeira nasce como esporte nacional,
como modalidade do boxe. Este foi o primeiro reconhecimento esportivo oficial
da modalidade.
1950 – TV Tupi, a primeira emissora de televisão brasileira,
inaugura suas transmissões regulares em São Paulo, com um show artístico que
incluiu uma exibição de capoeira, em Ipanema (RJ), é erguido o busto de
Sinhozinho, a primeira escultura de um capoeirista em praça pública.
1953 – O então Presidente Getúlio Vargas disse ser, a
Capoeira "o único esporte verdadeiramente nacional". Este fato
aconteceu quando assistia, no Palácio da Aclamação, juntamente com o Governador
da Bahia, Dr. Régis Pacheco, uma apresentação desta arte/luta organizada e
demonstrada pelo Mestre Bimba. Vale ressaltar que esta data marca a introdução
da Capoeira na sociedade e o Conselho Nacional de Desportos expede a Resolução
071, estabelecendo critérios pra a prática desportiva da Capoeira.
1961 – A Capoeira é introduzida no currículo de ensino da
Polícia Militar da Guanabara - RJ.
1972 - Institucionalizou-se como Esporte pelo Conselho
Nacional de Desportos.
1973 - A Capoeira passa a ser considerada o esporte
genuinamente brasileiro pela sua história, tradição e movimento popular.
05 de fevereiro de 1974 - Morre Mestre Bimba (Manoel dos
Reis Machado).
13 de novembro em 1981 - Morre Mestre Pastinha (Vicente
Joaquim Ferreira Pastinha).
1985 - A capoeira foi introduzida nos jogos estudantis
brasileiros.
1988 - O ministério da Educação escala uma equipe para
entrevistar velhos mestres da Bahia, que gera um material importantíssimo para
a historia da capoeira.
1992 - É fundada no Rio de Janeiro a Confederação Brasileira
de Capoeira Regional.
1996 - Criação do Jornal da Capoeira.
1998 - Criação da Revista Capoeira.
9 de Janeiro de 2003 - Promulgada a Lei 10639/03 que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática
"História e Cultura Afro-Brasileira", e institui no calendário
escolar o dia 20 de Novembro como Dia Nacional da Consciência Negra.
15 de Julho de 2008 - A capoeira foi tombada pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural
Imaterial do Brasil.
05 de Abril de 2010 - Lei Municipal nº 8.212 de
Florianópolis, institui 1 de agosto o dia da capoeira no município.
Você sabia? 03 de agosto, é celebrado o "dia do
capoeirista", uma data comemorativa que se popularizou entre os
capoeiristas de todo o Brasil
Puxada de rede
A puxada de rede conta a história de um pescador que, ao sair para o mar em plena noite para trazer o sustento da família, despede-se de sua mulher que, tendo um mau pressentimento, o assusta dizendo dos perigos de sair à noite. Mas o pescador sai e a deixa chorando com seus filhos assustados. O pescador sai para o mar e leva consigo uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, seus companheiros de pesca e a bênção de Deus.
Muito antes do horário previsto para a volta dos pescadores, que seria às 5 da
manhã, a mulher do pescador, que ficara na praia esperando a hora do arrasto,
teve uma visão um tanto quanto estranha. Ela vê o barco voltando com todos à
bordo muito tristes e alguns até chorando. Quando os pescadores desembarcam,
ela dá pela falta do marido e os pescadores dizem que ele caiu no mar por conta
de um descuido e que devido à escuridão da noite, não foi possível encontrá-lo,
ficando ele perdido na imensidão das águas.
Ao amanhecer, quando foram fazer o arrasto da rede que ficara ao mar, os
pescadores notaram que, por ter sido aquela uma noite de pouca pesca, a rede
estava pesada demais. Ao chegar todo o arrasto à praia, já com o dia claro,
todos viram no meio dos poucos peixes que vieram, o corpo do pescador
desaparecido. A tristeza foi instantânea e o desespero tomou conta de todos ali
presentes. Prosseguem-se então os rituais fúnebres do pescador sendo levado à
sua morada eterna pelos amigos que estavam com ele no mar, sendo seu corpo
carregado nos ombros, ao longo da praia.
Samba de Roda
É a forma mais primitiva e autêntica do samba brasileiro. Era a dança que os escravos realizavam dentro das senzalas nos seus poucos momentos de descanso e lazer. Também foi incorporado por muitos grupos de Capoeira por causa de sua riqueza plástica e ainda para a preservação da cultura negra.
É
uma das variações do Batuque de Angola. Se expressava da seguinte forma: um
dançarino sambava sozinho, depois, quando cansava, convidava um dos presentes
para substituí-lo através da umbigada, comprimento de cabeça, um aceno de mão
ou um gesto de provocação.
Os
instrumentos são geralmente pandeiros, viola, chocalho, prato de cozinha
arranhado por uma faca e atualmente, o berimbau e o atabaque. O canto é puxado
por uma pessoa, respondido pelos demais e acompanhado pelas palmas.
O
samba tem se modificado muito. O bamboleio das cadeiras, resultante do
movimento dos pés, hoje é parte primordial para certas sambistas, enquanto os
pés permanecem inativos.
Alguns passos que desaparecem lentamente são: o “separar o
visgo”, o “corta a jaca” e o “apanhar o caroço” ou “bago”.
É o
maculelê uma dança de origem Afro-indígena, pois foi trazida pelos negros da
África para cá e aqui foi mesclada com alguma coisa da cultura dos índios que
aqui já viviam.
Os africanos diziam que
esta dança era mais uma forma de luta contra os horrores da escravidão e do
cativeiro. Assim como a "brincadeira de Angola" camuflou a
periculosidade dos movimentos da capoeira, a dança do maculelê também era uma
maneira de esconder os perigos das porretadas desta dança.
O maculelê pode ser
feito com porretes de pau, facões ou facas, mas, alguns grupos praticam o
maculelê com tochas de fogo ou "tições" retirados na hora de uma
fogueira que também fica no meio da roda junto com os dançarinos.
O maculelê é portanto,
um bailado guerreiro que foi desenvolvido por homens negros, compreendendo
dançadores e cantadores, todos comandados por um mestre, denominado “macota”.
Os participantes usam
um bastão de madeira com cerca de 60
cm de comprimento, exceto o
macota, que tem um mais longo. Os bastões são batidos uns nos outros, em ritmo
forte e compassado. Estas pancadas presidem toda a dança, funcionando como
marcadoras do pulso musical.
A banda
que anima os dançarinos é composta por atabaques, pandeiros e às vezes violas
de doze cordas. As cantigas são puxadas pelo macota e respondidas pelo coro. A
área de maior incidência do Maculelê á a região de Santo Amaro (BA).
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